quarta-feira, 11 de junho de 2014

Politicamente Incorreta...(mas talvez no fim você até concorde). Contém SPOILER.

Cara, eu estou decepcionada com a falta de criatividade para filmes, e com a falta de massa cefálica de quem os assiste.

Filmes sobre livros são chatos, filme sobre livros clichês de gente doente terminal, que no último suspiro, se apaixona, é mais chato ainda...Amigas me disseram, Let, é muito diferente dos demais, mas eu francamente não consigo acreditar que seja bom, que seja algo que me surpreenda.

Vamos lá, doença terminal, tumores, tumores por toda a parte, que mal posso ver seu crescimento, cara, nem preciso falar muito sobre, mas, o mocinho tem osteossarcoma e fala frases idiotas, sim, estúpidas , mas que para jovialidade de quem está começando a vida,  parece impactante.
típicas frases de filmes assim :
"Estou apaixonado por você e não quero me negar o simples prazer de compartilhar algo verdadeiro

"Eu sou uma granada" - Não, você não é, você é uma doente de filme que parece que morre aos 70 minuto da história.
"Você me deu uma eternidade dentro de nossos dias numerados"- Que gracinha, bonitinho mesmo, mas me lembra de todas eternidades dentro de filmes desse tipo, aliás um doentinho de filme AMA a eternidade.

"Naquele momento, quando nossos lábios tocaram pela primeira vez, eu sabia que a lembrança duraria para sempre." - Um amor pra recordar.


Sim, deve ter alguma fala parecida em Love Story, Outono em Nova York ,ou doce novembro e todas essas produções top sofrimento do século XXI. Mas não vamos perder a linha de raciocínio aqui, gente; sem querer sacanear a doença, sei que é triste...mas... A garota do filme usa o óculos do chaves! *_* , sim, aquele que você usava nos anos 90!  


Ok, sei que não é o óculos do chaves, o que torna as coisas mais sem criatividade ainda. 




  
 "Conheça Hazel Grace, personagem do livro A Culpa é das Estrelas do ... Ela é uma personagem que não quer ser definida pela sua doença". Querido, ninguém gosta de ser definido pela doença, nem mesmo o Homem Elefante...

Resumo da ópera :
Ela está doente, com um cilindrão pendurado no corpo e pensa na morte - Ok, não 
posso julgar a coitada.A mãe enfia a menina em um grupo de ajuda, tipo AA, só que com crianças, jovens, todos com câncer, câncer por todos os lados, só desgraça, gente sem um olho, câncer no osso.
Hazel , esperta, resolve que vai ficar em casa vendo America's Next Top Model(também ficaria, é muito mais
 divertido).












Porém, a mãe dela enche o saco dela,  ela vai na tal reunião e conhece o AugustusWaters (Achei um nome bem escroto),  e então:
"Augustus teme o esquecimento e está desesperado por deixar uma marca no mundo. Hazel, por outro lado, não se importa com isso, ela acha que é uma bomba-relógio e que quanto menos pessoas ela machucar quando explodir, melhor."
Só uma coisa a fazer...HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
prosseguindo, ele gosta dela, ela dele, os dois ficam juntos, viajam juntos, brigam juntos, fazem tudo juntos, conhecem o escritor "Willen DaFoe recluso eterno duende verde" juntos, e retornam, Ao retornarem, o pai de Hazel está lá,  esperando chorando, com um cartaz...


Aqui no Brasil essa coisa de cartaz, chororô, Spray de pimenta também tá virando moda...e mas sempre com muito amor:








O Isaac, aquele cego de um olho do começo da história, já perdeu o outro olho...





Entre cenas de ovada, pré-funeral, pique-nique de cadeirante e outras coisas medianamente suportáveis, o cara morre, ela discursa no funeral, o escritor bêbado louco está lá e entrega uma cartinha pra ela...okay? Okay.

Se ela morre? claro que ela também vai morrer...isso só não está escrito no livro, se ela vai cair da escada ou em cima de uma cama, não sabemos porque o livro/filme acaba na carta do parceiro Gus, mas morrer todo mundo vai, ah, pelo amor de Deus...o que ela tem é metástase...



E então...olha quanta emoção gentchiii!






Fica aí o vídeo do filme mais esperado do ano:

segunda-feira, 9 de junho de 2014

A Bruxa.

Nos seus olhos ele podia enxergar tudo, até mesmo o que ainda não tinha visto, mesmo que aqueles olhos não existissem, e mesmo que aquelas mãos, aquele corpo, aquilo tudo, fosse um fantasma, ele ainda podia enxergar todas as riquezas, toda a bondade, todo fogo do Inferno e olhares anuviados vindos do paraíso,
lá estava a bruxa, que nada mais era que a sombra de sua própria alma desgastada pela solidão.
Tomou seu café, fumou seu cigarro, e saiu, indo para a rua sabendo que iria encontrar pessoas, beber, comer, e continuar só, mesmo que fosse no meio de uma multidão, porque no fundo ele sabia, que quem nasce fadado a ser sozinho, jamais pode esperar olhos com todas as riquezas do mundo.





"Esta cidade do Rio!
Tenho tanta palavra meiga,
conheço vozes de bichos,
sei os beijos mais violentos,
viajei, briguei, aprendi.
Estou cercado de olhos,
de mãos, afetos, procuras.
Mas se tento comunicar-me
o que há é apenas a noite
e uma espantosa solidão."




Carlos Drummond de Andrade


terça-feira, 27 de maio de 2014

Mudar, etc e blábláblá.

Vida, o que aprendi com os relacionamentos que tive foram várias coisas, talvez inumeráveis coisas.
Mas uma vem a minha cabeça única e exclusivamente nesse momento...
Em um relacionamento, a tendência dos seres envolvidos tomarem a personalidade de uma personagem, como já disse uma amiga um dia : Podemos despertar um demônio ou um anjo em alguém, e é essa a tal questão.
No meus namoros, principalmente no ponto em que deixaram de existir, senti um gosto amargo na boca do desconhecido, do desaparecimento da personalidade com a qual eu lidava dia a dia, e eu me perguntava, com quem eu tratei esse tempo todo?

A grande questão é que, segundo nosso queridíssimo Otto (falo por mim), existem sempre um lado que pesa e um lado que flutua, e aí, acho eu, está o X da questão.

Alguém encorpa a realidade, psicológico, gosto, rotina e a não menos importante, personalidade momentânea e flutuante, que leva , quase sempre, o relacionamento a decadência.

Aquele rock que a pessoa dizia odiar, aquele último cigarro que a pessoa não fumou, aquele jeito robótico, a mania de reclamar, os gostos, filmes, e quiçá, amizades,completamente rarefeitas e nocivas ao longo do namoro, que reaparecem como o milésimo cliente do mercado, que ganha um brinde ou vale compra...
Infelizmente, pós término choca, sim, a pessoa vai falar de você, e tudo vai voltar a rotina antecedente ao dia do "Quer namorar comigo?".
Outro grande fato interessante são as histórias paralelas, quem antes era inimigo, é irmão no instante momento, e quem era companheiro, comumente vira a causa de todos males e desgraças que aconteceram ao longo do tempo.
As amizades rarefeitas, já não estão causando tanta dificuldade de respirar, os sonhos se transformam com facilidade e rapidez, o cultivado enegrece e é enterrado, os rocks antes odiados viram ponto de encontro, e o ponto inicial, se estabelece, mostrando que no fundo, ninguém muda, somente adormece.
Eu já fui essa pessoa adormecida, e você também, porém, só saberemos lidar com isso quando deixarmos de lado esse véu da esperança de mudança no outro, e promovermos a mudança em nós mesmos, se cairmos na dura realidade, compreenderemos que o que realmente muda, muda permanentemente, ou então  vive-se em extrema metamorfose, com o ônus de sempre voltar ao estado inicial.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Sou.

Não gosto de nada pela metade.
Não gosto de imparcialidade, ou é ou não é, ou molha ou fica seco, até porque não existe o meio molhado, o meio chateado, o meio feliz...
A vida é feita de inúmeros caminhos, e é curta, sem muito tempo hábil para permanecer em cima do muro.
Quando você resolve fazer algo, não existe nada que te transforma pela metade, algo inacabado não pode  e se tornar um destino de sucesso.
Não estou falando sobre ser radical, mas tomar uma atitude ponderada e respeitar a alheia, seja ela boa ou não.

Eu tenho total direito de te amar, já você tem total direito de me odiar, sendo que esteja claro, para os dois lados, que não podemos ferir orgulho, dignidade e nem a vida de ninguém.

As pessoas são politicamente corretas demais, é demasiadamente falso toda essa bondade presente nos lares e cabeças dos queridos e dignos seres humanos que estão a minha volta.

Infelizmente não posso dizer isso de mim, sou uma pessoa criada no humor magnificamente negro do meu pai, na ausência de vergonha para tratar preconceitos, assuntos sórdidos e coisas do tipo.
Sempre fui desembaraçada, até o dia que expliquei para minha amiguinha como ela havia nascido e sua mãe a proibiu de falar comigo.
A grande questão da vida é:
- Todos somos maus, seja com uma pessoa, seja com o mundo, seja com você mesmo.

Quem nunca fez uma maldade que atire a primeira pedra, quem nunca magoou ninguém também pode atirar, inclusive aqueles que nunca fizeram piada típica de humor negro, jogou indireta no Facebook ou Orkut, fez uma pergunta escrota no formspring, preparou fakes de ex namorados inexistentes, clonou um perfil só de sacanagem, tentou burlar a senha do amiguinho e quando viu rede sociais abertas brincou com frases bombásticas...
Não podemos ser totalmente bondosos, não podemos ser totalmente corretos, em algum momento tempos que deixar o nosso instinto babaca de ser humano agir, senão a gente acaba enlouquecendo.
Que sejamos maus de leve, com piadas de mau gosto, com sustos nos colegas, com ironias bem aplicadas em assuntos mal definidos.


domingo, 27 de janeiro de 2013

Crayolas




Lá no fundo, tenho um sentimento, que me faz achar que na realidade fui apaixonada por Branca, porque nela, eu podia me ver.
todo o drama, toda a vida, todo destino.
É isso, me via nela, e era um duplo espelho que me fazia esgueirar sorrateramente de um e eternizar o sentimento por ela.
Hoje em dia eu nem me dou conta do passado, a não ser por essa estrela que ainda brilha no meu presente, e fatalmente brilhará no meu futuro.
É a pura e única paixão que sei que me acompanhará, Branca será sempre um subterfúgio no momento de dor. Porque é um parâmetro, ela é um misto de dor, agonia e paixão.

E tem tanto tempo que não faço postagens, é que finalmente descobri o que era a obsessão desvairada...
Era nada mais do que amor por mim, completamente refletido nela.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

10% da Barra.

Eu queria muito ligar para todas as pessoas que conheço agora
E queria dizer que a vida não vale tão a pena as vezes
Eu queria mostrar para minhas amigas que as vezes o cheiro de seus perfumes me deixam incomodada.
Queria viajar, queria mudar o mundo, queria olhar nos olhos de um amor e dizer que eu morreria por aquela noite.
Queria escrever um livro.
Queria dizer que você foi a melhor transa da minha vida inteira.
Queria dizer que ela ainda é uma criança.
Queria dizer que eu tenho muito a dizer.
Queria dizer que o mundo mudou, que as pessoas mudaram.

Queria tanta coisa ,
que no final de tudo, comi um pedaço de chocolate amargo.
Dormi, e consequentemente não mudei a minha vida, nem em 10%.


sábado, 23 de junho de 2012

Para quem servir.

Cara, eu cansei das pessoas que falam demais e continuam com as mesmas manias, a mesma vida de merda, nos mesmos lugares, com as mesmas pessoas que a incomodam.
A única coisa chata é que de certa forma, tem pessoas que eu não quero e nem consigo deixar de lado, me libertar, parece que fazem parte de mim, de alguma forma que eu não posso explicar.
Como se fosse um pedaço, uma parte que alegra minha vida...
Tenho tentado mandá-las embora.
Mas não consigo ser hipócrita e dizer que não fariam falta alguma, mesmo as vezes estando longe, mesmo sempre vacilando, mesmo que na vida delas eu seja quase como um passatempo para os dias vazios de junho, como uma amiga imaginária, que só aparece quando a pessoa quer.

Tenho a necessidade de me sentir um pouco importante as vezes, só as vezes...